De acordo com os autos, o educador tomou o celular do aluno, pois este estava ouvindo música com os fones de ouvido durante a aula.
O estudante foi representado por sua mãe, que pleiteou reparação por danos morais diante do "sentimento de impotência, revolta, além de
um enorme desgaste físico e emocional".
Na negativa, o juiz afirmou que:
"o professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe”.
O magistrado se solidarizou com o professor e disse que "ensinar era um sacerdócio e uma recompensa. Hoje, parece um carma". Eliezer Siqueira ainda considerou que o aluno descumpriu uma norma do Conselho Municipal de Educação, que impede a utilização de celular durante o horário de aula, além de desobedecer, reiteradamente, o comando do professor.
Ainda considerou que não houve abalo moral, já que o estudante não utiliza o celular para trabalhar, estudar ou qualquer outra atividade edificante.
E declarou:
"Julgar procedente esta demanda, é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os realitys shows, a ostentação, o ‘bullying intelectivo', o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”.
Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor.
"No país que virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro HERÓI NACIONAL, que enfrenta todas as intempéries para exercer seu ‘múnus’ com altivez de caráter e senso sacerdotal: o Professor."
Ainda considerou que não houve abalo moral, já que o estudante não utiliza o celular para trabalhar, estudar ou qualquer outra atividade edificante.
E declarou:
"Julgar procedente esta demanda, é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os realitys shows, a ostentação, o ‘bullying intelectivo', o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”.
Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor.
"No país que virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro HERÓI NACIONAL, que enfrenta todas as intempéries para exercer seu ‘múnus’ com altivez de caráter e senso sacerdotal: o Professor."
Nesse episódio, o fato mais lamentável é que uma mãe tenha se prestado a esse papel ridículo de entrar na justiça contra um professor.
Qualquer mãe (pai ou responsável) com o mínimo de vergonha na cara, noção de educação e limite às ações do filho, ao tomar conhecimento do episódio, iria corrigi-lo.
Um professor em sala, normalmente trabalha para 35 alunos ou mais, não é aceitável que uma minoria, desinteressada e malcriada, possa causar transtornos que prejudique o bom andamento da aula e a aprendizagem da maioria.
Sou professor há mais de 20 anos e, nesse período tenho visto a educação seguir por um caminho em declive; o Sistema Educacional vem tirando direitos dos profissionais da educação, tirando direitos da instituição e, cada vez mais, cedendo às pressões dos alunos; esses, cada vez mais desinteressados e, na maioria das vezes apoiados por pais, cada vez mais 'irresponsáveis', incapazes de educar e impor limites.
Resta-me uma pergunta.
Que tipo de cidadão estamos formando?
Fonte: globo.com ;
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