Quando a Secretaria de Educação (SEMED) sugere um teto máximo de reprovação (20%) e, consequentemente um piso mínimo de aprovação (80%); muitos se revoltam, se rebelam e dizem:
- Estou sendo obrigado a passar todos os meus alunos!
Não é verdade, muitos profissionais em nossa
sociedade - nas mais diversas áreas de atuação - recebem por produção, tem uma meta de trabalho que deve ser cumprida durante certo período.
Durante muitos anos o professor não teve acompanhamento sistemático e foi senhor absoluto de suas decisões, sendo-as acertadas ou despropositadas.
No entanto, desde 2005 com a criação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o MEC passou a acompanhar e, a cada dois anos, faz uso da Estatística de Rendimento Final das Escolas, na composição de fatores que definem um novo IDEB.
Um professor que afirma estar sendo obrigado a aprovar TODOS os seus alunos está faltando com a verdade e, desconsidera o teto de reprovação.
Veja o exemplo:
Numa sala de 35 alunos, os professores podem reprovar até 7 alunos.
Todavia, para definir quais serão esses desafortunados, a escola deverá:
1. realizar um conselho de classe a cada bimestre;
2. trabalhar a proposta de recuperação continuada ao longo do bimestre seguinte;
3. incentivar os professores das disciplinas críticas, a realizar com frequência Intervenções Pedagógicas com a finalidade de corrigir déficit de aprendizagem;
4. não permitir que uma única disciplina reprove o aluno;
*se um determinado aluno alcança a média em todas as disciplinas, exceto em uma, ele mostrou interesse e capacidade - será que a 'culpa' desse insucesso não deve ser divida entre: aluno, professor, escola e família - assim sendo, merece uma chance de avançar para ano seguinte.
5. um mesmo aluno não poderá ser acudido pelo Conselho de Classe por 2 anos consecutivos;
Um dos grandes perigos para a nossa sociedade, são os professores desmotivados.
"É preciso formar professores de excelência e, atraí-los com remuneração digna.
Escola não é brincadeira, não é passatempo,
não é depósito de criança porque os pais estão trabalhando.
É o lugar mais importante de um país sério.
ALEXANDRE GARCIA
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