Páginas

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A SAGA DE UM BRASILEIRO PARA TER/MANTER UM CARRO

Ao comprar um carro, o brasileiro paga uma das mais altas taxas de impostos do mundo, a partir de 48,2% - IPI, ICMS, PIS, COFINS - em um carro popular; e há percentuais bem maiores, em veículos de motorização mais potente e/ou importado. 

Confiram as taxas de impostos que incidem sobre o valor final dos veículos nos países a seguir:
EUA.................................................7,5%
JAPÃO..............................................5,0%
ALEMANHA......................................19,0%
ARGENTINA.....................................21,0%


Tomando como exemplo um ÔNIX, os preços seriam:
BRASIL (com impostos)..............................40.390
BRASIL (sem impostos)..............................20.922
ARGENTINA..............................................25.315
ALEMANHA...............................................24.897
EUA.........................................................22.491
JAPÃO......................................................21.968

Depois de muito trabalhar e economizar o brasileiro consegue
comprar um carro parcelado, pagando uma das maiores taxas de juros do mundo. 
Em seguida descobre que precisa pagar - em torno de 4% - anualmente para renovar o CRLV (IPVA, DPVAT, Licenciamento Anual).
Sou Brasileiro com "muito orgulho"!

Por não me sentir seguro em meu próprio país, o brasileiro sente-se impelido a fazer um Seguro Total do Veículo, algo em torno de 6% do valor do automóvel anualmente.
Sou brasileiro com "muito orgulho"!

Todo feliz ao realizar esse sonho do carro próprio, o brasileiro pega a estrada com sua família.
Ao iniciar a viagem percebe que as estradas brasileiras estão em péssimas condições de conservação - estradas de terra, estradas pavimentadas com muitos buracos, sem acostamentos, etc. - e se pergunta:
- Para onde vai o dinheiro de tantos impostos que pagamos para comprar e manter um veículo?

E o brasileiro viaja mais um pouco e chega em outro trecho do caminho - uma rodovia bem sinalizada, duplicada, com acostamentos - e ele estufa o peito e diz o dinheiro dos impostos que paguei para comprar e manter o meu carro estão sendo aplicados aqui. 
Porém, sua alegria dura pouco, descobre que na verdade essa  rodovia é privatizada e ele chega à uma grande praça de pedágio.
Sou brasileiro com "muito orgulho"!

Durante a viagem descobre o peso do preço do combustível em sua viagem de férias com a família.
Na estrada, precisa ficar atento ao número cada vez maior de radares eletrônicos nas rodovias brasileiras:
* radares em locais sem nenhuma necessidade, com a finalidade de multar o motorista e arrecadar dinheiro para o estado;
* radares que em um mesmo trecho - menos de 1 km - informa que a velocidade máxima é 60km/h e, alguns metros à frente a velocidade permitida é de apenas 40 km/h;
* sem falar nos trechos em que não existem placas informando a existência do radar e a velocidade máxima permitida;
Sou brasileiro com "muito orgulho"!

E se já não bastasse tudo supramencionado, para finalizar, quero falar dos flanelinhas ("guardadores de carro").

Depois de pagar tantos impostos, seguros, pedágios e multas, ao estado; este, não tem o interesse e/ou a competência de garantir ao brasileiro simplesmente, espaço nas vias públicas para estacionar seu carro.
Na maioria das cidades brasileiras, sempre perto de um show, de uma feira, de um centro de compras, etc., estão os flanelinhas para extorquir-lhe.

Deixo aqui meu desabafo e uma pergunta:
- Quem é mais "filho da puta", o governo ou o flanelinha?
   O governo recebe todos os meus impostos, multas e não me oferece nada. Nem uma vaga para estacionar.
   O flanelinha não me cobrou nada - até agora - também não comprou nada, a não ser um pedaço de fita amarela e preta para demarcar como sua propriedade, uma rua da cidade, que na verdade, é pública.

Sou brasileiro com "muito orgulho"!

Fonte: carros.ig.com.br ; icarros.com.br ; noticiasautomotivas.com.br ;

Nenhum comentário:

Postar um comentário