Talvez no primeiro toque
Talvez no primeiro olhar
Talvez na primeira vez que eu ouvi você falar
Que eu segurei sua mão
Que eu recebi atenção (pequeno, recém-nascido).
Eu não tive consciência
E essa minha inocência lhe fez um desconhecido
O tempo não muda os olhos, mas mudou o meu olhar
Passei a lhe conhecer, passei a
lhe admirar
E muito observador, observei que o amor é algo que se constrói
Ali eu tinha percebido, que aquele desconhecido já era meu grande herói.
Com o tempo acelerando eu cresci (mais um pouquinho)
É quando a gente acredita que já conhece o caminho
E você pai, insistia contra a minha rebeldia, me mostrando a direção
E o olhar do adolescente passa a lhe ver diferente
O herói, vira "vilão".
E você tão paciente, espera o tempo passar
Com a virtude dos justos e o dom de perdoar
Me vê amadurecer e perceber que você,
Que você é cuidado, é abrigo, é conselho, é proteção,
E de repente o "vilão", vira o melhor amigo.
E o tempo, o tempo ainda acelera
Não volta, só vai para frente
Resta guardar no passado e aproveitar o presente
Do seu lado o futuro nem parece inseguro
E hoje, o hoje é intensidade.
E o tempo não vai parar
E um dia sem avisar, o amigo vira saudade
É aí que carne e osso, se transforma em sentimento
Desse vez sim, o tempo para.
E é justo nesse momento, que aquele desconhecido, jamais será esquecido
Um sentimento tão terno
Um amor que é de verdade
E faz o que era saudade, se transformar em eterno.
(Bráulio Bessa)
*para assistir ao vídeo, click aqui
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