AS ESCOLAS QUE TÊM UMA GESTÃO MAIS EFICAZ, SÃO AS QUE OBTÊM NOTAS MELHORES !

Imagem: gestaoescolar.abril.com.br 

Diretores fazem diferença. Para melhor ou para pior. Bons diretores conseguem aumentar rapidamente o desempenho dos alunos. Maus diretores conseguem piorar o desempenho rapidamente.

Mas o que são bons diretores? Como eles agem?

As características de um bom diretor não são bem conhecidas, mas são muito semelhantes às características dos bons executivos: 

1) liderança;

2) capacidade de juntar as pessoas para atingir resultados;

3) capacidade de usar os recursos da administração para facilitar a vida das pessoas.

Bons diretores procuram boas
escolas: bons sistemas de ensino evitam isso, colocando os bons diretores nas escolas que mais precisam deles. Bons sistemas de ensino também evitam que maus diretores permaneçam nas escolas. 

Entre abril e setembro, 14 pesquisadores coordenados pelo cientista político Fernando Luiz Abrúcio, professor de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo, estudaram dez escolas em quatro municípios de São Paulo. Para chegar a elas, foi utilizado um modelo estatístico criado por Francisco Soares, da Universidade Federal de Minas Gerais (leia mais no quadro abaixo).

Divididas em pares (duas unidades em condições semelhantes, mas com resultados diferentes na Prova Brasil), elas foram visitadas e analisadas, e a conclusão é que, sim, as que têm uma gestão mais eficaz são as que obtêm notas melhores. Segundo o estudo, são 4 os "segredos" da boa gestão escolar, aspectos que podem ser replicados em todo o país para melhorar a aprendizagem. 

A formação dos gestores 

Visão integradora 

Metas de Aprendizagem 

A habilidade para criar um clima positivo de trabalho na escola 

Considerando a importância do diretor para a melhoria da qualidade da educação de uma escola, como recrutar diretores eficazes? 

Nos países desenvolvidos que registram desempenho médio e superior no Pisa, não existe indicação política, não existe eleição, não existe prova, não existe mistura de indicação política e prova.

O que existe são 2 mecanismos: 

1) o mecanismo de carreira, é bem conhecido de todos. Algumas das instituições mais sólidas e eficazes do Brasil devem a isso sua reputação. É o caso de Banco Central, Receita Federal, Itamaraty, Forças Armadas, entre outras.

Normalmente, a pessoa começa de baixo e vai evoluindo. Quando assume postos de comando, já conhece a cultura da casa e já sabe como atuar. O risco é o corporativismo – que requer fortes antídotos. Uma vantagem de uma carreira é que você poder trocar as pessoas e colocar as pessoas certas nos lugares certos nos momentos certos.

2) o mecanismo de recrutamento no mercado, é o mecanismo de seleção – essencialmente semelhante à forma de recrutamento de executivos. O que se procura são evidências de que um candidato é capaz de liderar, de conseguir resultado através de outros e de que possui competências de planejamento e administração para evitar que a burocracia o tire do foco – que é promover um ensino de qualidade.

Nos dois modelos há uma variável fundamental: o diretor nunca é escolhido pela escola. Ele sempre é escolhido pelos que são responsáveis pela rede de ensino.

Fonte: veja.abril.com.br ; gestaoescolar.abril.com.br ; 5 modelos de gestão escolar ;